sexta-feira, 13 de março de 2009

Discurso memorável



EU TENHO UM SONHO

Discurso de Martin Luther King (28/08/1963)

"Eu estou contente em unir-me com vocês no dia que entrará para a história como a maior demonstração pela liberdade na história de nossa nação.


Cem anos atrás, um grande americano, na qual estamos sob sua simbólica sombra, assinou a Proclamação de Emancipação. Esse importante decreto veio como um grande farol de esperança para milhões de escravos negros que tinham murchados nas chamas da injustiça. Ele veio como uma alvorada para terminar a longa noite de seus cativeiros. Mas cem anos depois, o Negro ainda não é livre. Cem anos depois, a vida do Negro ainda é tristemente inválida pelas algemas da segregação e as cadeias de discriminação. Cem anos depois, o Negro vive em uma ilha só de pobreza no meio de um vasto oceano de prosperidade material. Cem anos depois, o Negro ainda adoece nos cantos da sociedade americana e se encontram exilados em sua própria terra. Assim, nós viemos aqui hoje para dramatizar sua vergonhosa condição.


De certo modo, nós viemos à capital de nossa nação para trocar um cheque. Quando os arquitetos de nossa república escreveram as magníficas palavras da Constituição e a Declaração da Independência, eles estavam assinando uma nota promissória para a qual todo americano seria seu herdeiro. Esta nota era uma promessa que todos os homens, sim, os homens negros, como também os homens brancos, teriam garantidos os direitos inalienáveis de vida, liberdade e a busca da felicidade. Hoje é óbvio que aquela América não apresentou esta nota promissória. Em vez de honrar esta obrigação sagrada, a América deu para o povo negro um cheque sem fundo, um cheque que voltou marcado com "fundos insuficientes".


Mas nós nos recusamos a acreditar que o banco da justiça é falível. Nós nos recusamos a acreditar que há capitais insuficientes de oportunidade nesta nação. Assim nós viemos trocar este cheque, um cheque que nos dará o direito de reclamar as riquezas de liberdade e a segurança da justiça.


Nós também viemos para recordar à América dessa cruel urgência. Este não é o momento para descansar no luxo refrescante ou tomar o remédio tranqüilizante do gradualismo. Agora é o tempo para transformar em realidade as promessas de democracia. Agora é o tempo para subir do vale das trevas da segregação ao caminho iluminado pelo sol da justiça racial. Agora é o tempo para erguer nossa nação das areias movediças da injustiça racial para a pedra sólida da fraternidade. Agora é o tempo para fazer da justiça uma realidade para todos os filhos de Deus.


Seria fatal para a nação negligenciar a urgência desse momento. Este verão sufocante do legítimo descontentamento dos Negros não passará até termos um renovador outono de liberdade e igualdade. Este ano de 1963 não é um fim, mas um começo. Esses que esperam que o Negro agora estará contente, terão um violento despertar se a nação votar aos negócios de sempre.


Mas há algo que eu tenho que dizer ao meu povo que se dirige ao portal que conduz ao palácio da justiça. No processo de conquistar nosso legítimo direito, nós não devemos ser culpados de ações de injustiças. Não vamos satisfazer nossa sede de liberdade bebendo da xícara da amargura e do ódio. Nós sempre temos que conduzir nossa luta num alto nível de dignidade e disciplina. Nós não devemos permitir que nosso criativo protesto se degenere em violência física. Novamente e novamente nós temos que subir às majestosas alturas da reunião da força física com a força de alma. Nossa nova e maravilhosa combatividade mostrou à comunidade negra que não devemos ter uma desconfiança para com todas as pessoas brancas, para muitos de nossos irmãos brancos, como comprovamos pela presença deles aqui hoje, vieram entender que o destino deles é amarrado ao nosso destino. Eles vieram perceber que a liberdade deles é ligada indissoluvelmente a nossa liberdade. Nós não podemos caminhar só. E como nós caminhamos, nós temos que fazer a promessa que nós sempre marcharemos à frente. Nós não podemos retroceder. Há esses que estão perguntando para os devotos dos direitos civis, "Quando vocês estarão satisfeitos?


" Nós nunca estaremos satisfeitos enquanto o Negro for vítima dos horrores indizíveis da brutalidade policial. Nós nunca estaremos satisfeitos enquanto nossos corpos, pesados com a fadiga da viagem, não poderem ter hospedagem nos motéis das estradas e os hotéis das cidades. Nós não estaremos satisfeitos enquanto um Negro não puder votar no Mississipi e um Negro em Nova Iorque acreditar que ele não tem motivo para votar. Não, não, nós não estamos satisfeitos e nós não estaremos satisfeitos até que a justiça e a retidão rolem abaixo como águas de uma poderosa correnteza.


Eu não esqueci que alguns de você vieram até aqui após grandes testes e sofrimentos. Alguns de você vieram recentemente de celas estreitas das prisões. Alguns de vocês vieram de áreas onde sua busca pela liberdade lhe deixaram marcas pelas tempestades das perseguições e pelos ventos de brutalidade policial. Você são o veteranos do sofrimento. Continuem trabalhando com a fé que sofrimento imerecido é redentor. Voltem para o Mississippi, voltem para o Alabama, voltem para a Carolina do Sul, voltem para a Geórgia, voltem para Louisiana, voltem para as ruas sujas e guetos de nossas cidades do norte, sabendo que de alguma maneira esta situação pode e será mudada. Não se deixe caiar no vale de desespero.


Eu digo a você hoje, meus amigos, que embora nós enfrentemos as dificuldades de hoje e amanhã. Eu ainda tenho um sonho. É um sonho profundamente enraizado no sonho americano.


Eu tenho um sonho que um dia esta nação se levantará e viverá o verdadeiro significado de sua crença - nós celebraremos estas verdades e elas serão claras para todos, que os homens são criados iguais.


Eu tenho um sonho que um dia nas colinas vermelhas da Geórgia os filhos dos descendentes de escravos e os filhos dos desdentes dos donos de escravos poderão se sentar junto à mesa da fraternidade.


Eu tenho um sonho que um dia, até mesmo no estado de Mississippi, um estado que transpira com o calor da injustiça, que transpira com o calor de opressão, será transformado em um oásis de liberdade e justiça.


Eu tenho um sonho que minhas quatro pequenas crianças vão um dia viver em uma nação onde elas não serão julgadas pela cor da pele, mas pelo conteúdo de seu caráter. Eu tenho um sonho hoje!


Eu tenho um sonho que um dia, no Alabama, com seus racistas malignos, com seu governador que tem os lábios gotejando palavras de intervenção e negação; nesse justo dia no Alabama meninos negros e meninas negras poderão unir as mãos com meninos brancos e meninas brancas como irmãs e irmãos. Eu tenho um sonho hoje!


Eu tenho um sonho que um dia todo vale será exaltado, e todas as colinas e montanhas virão abaixo, os lugares ásperos serão aplainados e os lugares tortuosos serão endireitados e a glória do Senhor será revelada e toda a carne estará junta. Esta é nossa esperança. Esta é a fé com que regressarei para o Sul. Com esta fé nós poderemos cortar da montanha do desespero uma pedra de esperança. Com esta fé nós poderemos transformar as discórdias estridentes de nossa nação em uma bela sinfonia de fraternidade. Com esta fé nós poderemos trabalhar juntos, rezar juntos, lutar juntos, para ir encarcerar juntos, defender liberdade juntos, e quem sabe nós seremos um dia livre. Este será o dia, este será o dia quando todas as crianças de Deus poderão cantar com um novo significado.


"Meu país, doce terra de liberdade, eu te canto.


Terra onde meus pais morreram, terra do orgulho dos peregrinos,


De qualquer lado da montanha, ouço o sino da liberdade!"


E se a América é uma grande nação, isto tem que se tornar verdadeiro.


E assim ouvirei o sino da liberdade no extraordinário topo da montanha de New Hampshire.


Ouvirei o sino da liberdade nas poderosas montanhas poderosas de Nova York.


Ouvirei o sino da liberdade nos engrandecidos Alleghenies da Pennsylvania.


Ouvirei o sino da liberdade nas montanhas cobertas de neve Rockies do Colorado.


Ouvirei o sino da liberdade nas ladeiras curvas da Califórnia.


Mas não é só isso. Ouvirei o sino da liberdade na Montanha de Pedra da Geórgia.


Ouvirei o sino da liberdade na Montanha de Vigilância do Tennessee.


Ouvirei o sino da liberdade em todas as colinas do Mississipi.


Em todas as montanhas, ouviu o sino da liberdade.


E quando isto acontecer, quando nós permitimos o sino da liberdade soar, quando nós deixarmos ele soar em toda moradia e todo vilarejo, em todo estado e em toda cidade, nós poderemos acelerar aquele dia quando todas as crianças de Deus, homens pretos e homens brancos, judeus e gentios, protestantes e católicos, poderão unir mãos e cantar nas palavras do velho spiritual negro:


"Livre afinal, livre afinal.


Agradeço ao Deus todo-poderoso, nós somos livres afinal."

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

40ª aniversário do Dia D

O uso da linguagem é uma arte que pode causar guerras, ou até vencê-las. Aí está um discurso do presidente dos Estados Unidos, na época, Ronald Reagan, realizado na Normandia em 6 de junho de 1984, Point du Hoc, França.

40ª aniversário do Dia D

Nós estamos aqui para relembrar aquele dia na história quando as forças aliadas entraram na batalha para recuperar este continente para a liberdade. Por longos quatro anos, grande parte da Europa tinha sido coberta por uma terrível escuridão. Nações livres caíram, judeus agonizavam nos campos, clamando por libertação. A Europa estava escravizada e o mundo almejava seu resgate. Aqui, na Normandia, o resgate começou. Aqui, os aliados se levantaram e lutaram contra a tirania, em uma inigualável tarefa na história humana.

Nós entramos por um ponto exposto e abandonado na costa norte da França. A atmosfera é agradável, mas há 40 anos atrás, estava pesada pela fumaça e o grito de homens, preenchida pelo som de rifles e o barulho dos canhões. No entanto, na manhã de 6 de junho de 1944, 225 soldados de elite saltaram de aviões ingleses e correram para a base do penhasco.

Sua missão era uma das mais difíceis e desafiantes da invasão: Escalar aqueles íngremes penhascos e destruir as armas do inimigo. Os aliados tinham sido avisados de que algumas das mais poderosas dessas armas estavam ali, instaladas nas praias para evitar o avanço de suas tropas.

Aqueles soldados olharam e viram os soldados inimigos na beira dos penhascos atirando neles com metralhadoras e jogando granadas. Os soldados americanos começaram a escalar. Eles atiraram a corda por cima daqueles penhascos e começaram a puxar a si mesmos para cima. Quando um soldado caía, outro tomava seu lugar. Quando uma corda era cortada, pegavam outra corda e começavam a escalar novamente. Eles escalavam atirando de volta, enquanto se seguravam pelos pés. Logo, um após o outro, os soldados chegaram ao topo, e, pisando em terra firme no topo daqueles penhascos, eles começaram a tomar de volta o continente europeu. 225 chegaram até a praia. Depois de dois dias de batalha, somente 90 eram capazes de sustentar uma arma.

E atrás de mim está um memorial que simboliza a lança daqueles soldados que alcançaram o topo deste penhasco. E na minha frente os homens que os colocaram lá. Estes são os garotos do Pointe du Hoc. Estes são os homens que tomaram o penhasco. Estes são os campeões que ajudaram a libertar um continente. E estes são os heróis que ajudaram a terminar uma guerra. Senhores, eu olho para vocês e penso nas palavras de Stephen Spender´s. Vocês são homens que em suas “vidas lutaram por vida e deixaram uma vívida atmosfera assinadas com sua honra”.

Eu acho que eu sei o que vocês podem estar pensando neste momento. Estão pensando que “nós fomos apenas uma parte de um grande empenho, todos foram corajosos naquele dia.” Bem, todos foram. Vocês lembram da história de Bill Millin do 51º batalhão highlander? 40 anos atrás, tropas inglesas foram cercadas perto de uma ponte, esperando desesperadamente por ajuda. De repente eles ouviram o barulho de gaitas de fole e alguns até pensaram que estivessem sonhando. Não estavam. Eles olharam para cima e viram Bill Millin com suas gaitas de fole liderando os reforços e ignorando os estalos de bala no chão ao redor dele.

Lord Lovat estava com ele – Lord Lovat da Escócia, que calmamente anunciou quando ele chegou à ponte, “Desculpem, eu estou alguns minutos atrasado” como se ele tivesse pegado algum tráfego até chegar lá, quando na verdade tinha acabado de chegar de uma sangrenta batalha em Sword Beach, que eles e seus homens tinham travado.
Tinha o insuperável valor dos polacos que lançaram eles mesmos entre o inimigo e o restante da Europa quando a invasão se fez presente; E a imbatível coragem dos canadenses que já tinham visto o horror da guerra na praia. Eles sabiam o que esperava eles lá, mas isso não os deteve. E uma vez que chegaram à praia de Juno, eles nunca olharam pra trás.

Todos esses homens eram parte de uma lista de honra com nomes que falavam de um orgulho tão brilhante quanto as cores pela qual lutavam. As forças reais canadenses, os lanceiros poloneses, os fuzileiros escoceses, o esquadrão screaming eagles, a divisão da armada inglesa, as forças de liberdade francesa, a guarda costeira “Matchbox fleet” e vocês, soldados de elite do exército americano.

40 verões se passaram desde a batalha que vocês travaram aqui. Vocês eram jovens no dia que tomaram esse penhasco, alguns de vocês eram pouco mais que adolescentes com grandes prazeres da vida pela frente. Ainda assim vocês arriscaram tudo aqui. Por quê? Por que vocês fizeram isso? O que impeliu vocês a colocar de lado o instinto natural de preservação e arriscar suas vidas para tomar esses penhascos? Que inspiração todos esses homens de todos esses exércitos encontraram aqui? Nós olhamos para vocês e de alguma forma sabemos a resposta. Foi por fé e convicções, lealdade e amor.

Os homens de Normandia tinham fé que o que eles estavam fazendo era certo, fé que lutavam por toda a humanidade, fé de que apenas Deus concederia Sua misericórdia na praia, ou depois dela. Essa foi nossa sabedoria – e agradecemos a Deus por não termos perdido isso. – Era a grande diferença moral entre o uso da força para libertação e o uso da força para conquista. Vocês estavam aqui para libertar, não para conquistar, e por isso vocês e os outros não duvidaram da causa. E estavam certos em não duvidar.

Vocês todos sabiam que algumas coisas são dignas de lutar até a morte. É honravel morrer por um país, ou pela democracia que é de longe a forma de governo mais digna criada pelo homem. Vocês todos amavam a liberdade. Todos vocês desejavam lutar contra a tirania, e sabiam que as pessoas dos seus países estavam atrás de vocês...

Os americanos que lutaram aqui naquela manhã sabiam que a ordem da invasão estava se propagando através da escuridão em suas casas. Eles lutaram – e sentiram em seus corações, apesar de não poderem saber de fato, que em Geórgia, suas famílias estavam lotando as igrejas as 4:00 da manhã. No Kansas eles se ajoelhavam em suas próprias varandas para orar. E na Filadélfia, os sinos da liberdade estavam sendo tocados.

Algumas coisas mais ajudaram aqueles homens no dia D, suas inquebráveis convicções deram uma grande mão nos eventos que se desenrolaram aqui; de que Deus era um aliado nessa grande causa. E, na noite anterior a invasão, quando o Coronel Wolverton pediu para sua tropa pára-quedista se ajoelhar e orar com ele, ele falou: “Não abaixem suas cabeças, mas olhem para o alto e verão a Deus, peçam suas bênçãos para o que estamos por fazer.” Também naquela noite, General Matthew Ridgway, em sua cama, ouviu na escuridão a promessa que Deus fez a Jesus: “De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei.”

Essas foram as coisas que motivaram eles, essas são as coisas que deram forma à unidade dos aliados.
Quando a guerra acabou, existiam vidas para serem reconstruídas e governos para serem entregues de volta ao povo. Nações para renascerem. E acima de tudo, uma nova paz para ser assegurada. Estas eram grandes tarefas. Mas os aliados invocaram força de suas convicções, fé, lealdade e o amor daqueles que tombaram aqui. Reconstruíram uma nova Europa, juntos. Foi a primeira grande conciliação entre aqueles que outrora tinham sido inimigos, todos eles tinham sofrido bastante. Os Estados Unidos fizeram a parte deles criando o Plano Marshal para ajudar a reerguer nossos aliados e também nossos inimigos. O plano Marshal liderou a aliança do Atlântico – a grande aliança que serviu naqueles dias como nosso escudo para a liberdade, prosperidade e paz.

Ao contrário dos nossos esforços e sucessos, nem tudo que seguiu o fim da guerra foi bom ou planejado. Alguns países libertados estavam arruinados. A grande tristeza dessas perdas ecoa até o nosso tempo pelas ruas de Warsaw, Praga, e oeste de Berlim. As tropas soviéticas que vieram até o centro desse continente, não os deixaram depois que a paz chegou. Eles ainda estão lá, sem convite, não desejados, não rendidos, 40 anos depois que a guerra acabou. Por causa disso as forças aliadas ainda estão de pé nesse continente.
Hoje, como há 40 anos atrás, nosso exército está aqui por apenas um motivo: Proteger e defender a democracia. Os únicos territórios que possuímos são os memoriais como este aqui e as tumbas onde nossos heróis descansam.

Nós, na América, temos aprendido amargas lições de duas guerras mundiais. É melhor estar aqui pronto pra defender a paz do que estar cegamente abrigado no outro lado do oceano, e ter que responder as pressas somente quando a liberdade estiver perdida. Nós aprendemos que o "isolacionismo" nunca foi e nunca será uma resposta aceitável para governos tirânicos com idéias de expansão. Mas tentamos sempre estar preparados para a paz, preparados para desencorajar agressões, preparados para negociar a redução de armas, e sim, preparados para estender a mão de novo em espírito de reconciliação. De fato, não existe conciliação mais bem quista do que a conciliação com a União Soviética pra juntos poder acabar com os riscos de guerra, agora e para sempre.

Cabe lembrar aqui das grandes perdas também sofridas pelo povo russo na segunda guerra mundial. Vinte milhões pereceram, um terrível preço que testifica para todos a necessidade do fim da guerra. Eu falo pra vocês do meu coração que os Estados Unidos da América não querem guerra. Nós queremos limpar da face da terra as terríveis armas que o homem tem agora em mãos. E eu falo pra vocês, nós estamos prontos para assegurar a tomada desse objetivo. Nós procuramos por algum sinal da União Soviética de que eles estão desejando seguir em frente, que eles querem compartilhar do nosso desejo de amor e paz, e que eles desistirão das suas intenções de conquista. Alguma mudança deve acontecer por lá para que possamos transformar nossa esperança em ação.

Nós oraremos sempre, para que esse dia de mudança possa chegar. Mas por agora, e particularmente hoje, é necessário renovar nosso compromisso uns com os outros, por nossa liberdade, e pela aliança que a protege.

Estamos ligados hoje pelas mesmas questões que estávamos ligados há 40 anos atrás, a mesma lealdade, tradições e crenças. Nós estamos vinculados pela realidade. A força dos aliados da América é vital para os Estados Unidos, e a garantia dessa segurança é essencial para a continuidade das democracias européias. Então nós estamos com vocês; Nós estamos com vocês agora. Suas esperanças são nossas esperanças, e seus destinos são nossos destinos.

Aqui, neste lugar onde o oeste se manteve unido, façamos um juramento pelos nossos mortos. Vamos mostrar pra eles pelas nossas ações que nós entendemos porquê eles morreram. Que as nossas ações digam pra eles as palavras que Matthew Ridgway ouviu: “De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei.”

Fortalecidos por suas bravuras, encorajados por seus valores, e nascidos pelas suas memórias, continuaremos em pé pelos ideais pelo qual eles viveram e morreram.

Muito obrigado, e que Deus os abençõe.

(Tradução: André Felipe)